terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Translúcida

Olha não me sinto mais distrair,
reconquistei o afã e é o sempre.
Dois pontos ligados dentro daqui.
E posso  elogiar sua encarnação.
Retrógrado quero amar como um bruto.
Sua espécie me faz vibrar a existência,
ao fechar os olhos completa tua vitoria.
Mato o tempo com sabor do eterno.
Vociferando tomado de silêncio falo,
quero completar  tudo lá fora.
Aurora boreal que exala da tua pele,
nos traços da magia translúcida .

domingo, 14 de novembro de 2010

Presto

Prestar atenção enquanto você vai fugindo de mim.
Enquanto segue a doutrina de estar só.
Poderia recorrer aos seus fenômenos.
Basta da tua astúcia.
Sou fogo infinito gozando escárnio.
Nem mais apetecido nem mais corajoso.
Um grito rasgado nas tuas entranhas te demoverá do júbilo.
Fera louca não há razão sobre tua pele.
Matriarca fútil semeando desdém.
Me entretenho em ler as tantas vezes que te quis e vi jorrar a esperança.
Não me faz mais te ser.
Bastaria aqueles que me amam pra poder conter o ímpeto de te possuir.
A força que me leva pra tua forca.
Animal dócil pro doce deleite da louca.
Seu tezão furioso a ponto de me partir em células.
Sua fraqueza me reveste de amor.
Seu demônio me domina e ainda não cheguei no fundo.
Vou lento mitigado pelo seu sopro de fêmea viril.
Minha vida a ti nada vale, nacos de carne cuspidos a esmo.
Visto meu couro e assim me sinto acolhido.
Sabendo te amar na escuridão agrado meu destino.
Me lancei no vento em busca de cais.
Galo cego fora da rinha absorto em espúria filosofia.
Vou fatiar teu infinito para te dar uma dúvida segura.
Aonde você esconde seu abismo?
Essa é minha lembrança de ti, conheço a cor do teu veneno que dilacera!
Um casco que rebate teus cacos e seu ardor na palma da minha mão.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Réstia

A limalha revestindo os lábios,
Tu ! Forasteira! Tão próspera em sua vez!
Amoldando aos significativos supores de tua epiderme.
Credo que bronzeia a testa altiva sem freio !
Exorta a soma dos teus anseios e explora entrementes sua audácia!
Nave vaga pro nada infinito de tudo aqui.
As lascivas linhas do poema obtuso.
Declina a mão correta pra tocar!
Os sulcos e todas as erosões da terra!!!!
As pedras de mais altas.
Uma réstia de passado numa resma de idéias!
Ao passo que parte pra outro rumo meu parto!
Deveria ter meu devaneio sempre nessa curva!
Costura do corte que me escapa da morte .
Os arrepios rápidos da espinha ao córtex em lances de dedos!
Pra ser por debaixo da sua ilíaca!

sábado, 3 de julho de 2010

outro

A pele branca molha colando o vestido.
O louro elétrico nas costas.
A filha pra saber a profundidade dos olhos do amor.
Caminho nos seus traços, inocente devoração.
Caiu uma lágrima gozando.
Lugares que demarquei rotas e não fují.
Os fios brancos tecem o futuro pródigo.
Mais outro não te vê assim como eu foco.
Profunda te quis em madura idade.
Seus lábios que enregelam o vento súbito.
Gosta do veneno que corre aqui?
O incêndio que abraças pra afagar.
Descaído meu anjo desespera.
Sobra uma redenção pra além de nós.
E ouço um gemido rouco a me embalar.
Vista a grinalda pra estancar.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

cór

Não tema meu coração e seus cortes profundos!
Odeie o meu passado que nutriu as minhas veias!
Penso ser o futuro imperfeito da paixão!
Acredito na temperança da emoção!
Engajo no meu corpo em re-composição!
Meus fragmentos libertários estão nos vãos da tua razão!
Na corrida entre os "lugares", mais livres seremos numa contra-mão!
Tantos são os "vãos" que dissipo a ilusão!
Meu capital ferve numa cidade babilônica.
Minha memórias foram destruídas pela "droga da vida"!
Meu barco navega entre escombros de almas contritas.
Veneno que bebi mil vezes agora bombeia minha medula.
Foge dos monstros que eu adoro todos em júbilo ritualístico.
Amanhã serei comida de ratazanas gordas e vermes lascivos.
Por isso queimo minha existência em largos perímetros de ousadia.
Procuro o chok direto com a musa da perfeição!
Falsa índole que "outras" sabem de cór.

sábado, 26 de junho de 2010

estrela

Tocar a estrela luminosa!
Naquela noite corri pela cidade fantasma.
Acendi o cigarro pra acalmar a taquicardia.
Prometa sua luz pra eu entender o vacúo.
Como gosto da estrela femêa, ó céus!
A minha terra é feita de estrada lamacenta.
Brilha as pontas de uma estrela que iluminam o "ser"!
Cosmo que refaz a rota do afeto pra lua nua.
As palavras cabem agora na inspiração de um fulgor.
Rezo no seu ventre que brilha pra poder sempre!!!
Nos dias que passam desejo anoitecer.
O que tirei de ti estrela foi a olho nú.
Vibrantes atentados estes sentidos se afiam.
Zelo então pra não substituir seu " affair" .
Porque vaguei até aqui pra te encontrar.
E toda noite procuro seu raio pra me aquietar

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Valentina

Valentina seu dia é agora que cortei do calendário.
Valentin's Day talvez num país rico da América.
Aqui na minha américa nem seu equador tenho.
Vou comprar um cristal chinês pra madrugada e umas flores vermelhas pra noite,
ligar do celular pra lua, femêas que possuem a fundo.
Mãe terra que apraz e traz a terra-vida pro meu caminho .
Sorrindo com meu mau sangue!
Inspiração de um poeta antigo que perdeu as musas pro Rei-Abismo.
A lembrança de um amigo que escolheu não te amar.
A certeza de um amor que escolheu não morrer.
Valentina seu dia que é sempre batizado !
Quero lembrar dos lençois de onde fui expulso!
E todas vezes que sangrei olhando o fim da Rua!
Valentina quero cortar seu coração!
Saber se escorre orgulho entre as pernas da femêa!
Não me lembro mais o dia que te perdi para "outros" de ocasião!
Valentina's Day seu dia eu não esqueço!
A prata mais cara do mercado é sua!

domingo, 30 de maio de 2010

lunar

Lunar é a sua companhia que me abre as portas pro amanhã.
Caminhei até! E agora sou sim teu amante!
A noite em que te persegui encontrei a mim em você.
Suspiro aliviado e eu vou pelo vento.
Então! Descobri a mágica de atirar no infinito.
Mais não vejo o tiro voltar acertando meu preço pela bala!
A vida que segue na trilha do mais dificil eu contemplo.
Ouso provocar o improviso pra ver se está mesmo no seu lugar.
As vezes a sua luz me foi dispersa, agora é a imensidão. É a sua aura.
Olho o seu anel e as coroas, e as cores que trazem no seu arco.
A íris dos meus olhos sem as respostas.
Correr e pular leva horas por isso gamo em seu tempo.
Com você vejo loiros cabelos fogueando a manhã!
Procuro um véu, um momento, mas fizeram ocultar-te!
Lembrei que o destino deixou de bater na minha porta.
Me induz então a ela que me embriaga no seu ar recluso.
Sei te seguir, e aprofunda a madrugada nos passos acolhido.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

tenta

vãos são os que se vão em vão na teia do momento
nenhuma vaga em sua vida me interessa
tenho certeza que fiz uma escolha além do idílio visto
mais é nenhum sonho feliz de reconciliação
coragem é a de querer te ver fora da suada existência
meu tropel olha de frente a fonte da saudade
uma cicatriz maior vai te fazer ímpetuosa nas palavras
"fugir ao circuito integrado das coisas" implora meus sentidos
a solidão que comove minhas veias saltitantes e livres
meu olhar que procura um corpo em tantos terminais
cidades sem almas em ruas sem vontades se espalham por onde sigo
tenta me dizer mais uma resposta certa onde sei viver errado
e a dança da perda se apresenta mais uma vez tão vivaz
elogio a volta da sequência em que o homem parte
transcrevo uma ânsia sem remédio e volto a rasgar a dor
aos poetas que tem o dom das flores meu sincero adeus

sábado, 17 de abril de 2010

Sou

Do deserto extraí uma senda de torpor.
Me diz se ella vai com outros eu enrijeço meu princípio.
As tantas peles que já fizeram camadas de afeto na sofreguidão!
Encontro e sou o meu maior ator de meu maior amor.
Neste outono em que um lábio na luz evita um suicídio.
Trouxe pra perto dela as minhas ventas!
Elas escorrem e sugam muito mais além de que um perfume!
Vai pro sangue agitar o seu amâgo.
Minha luta em frente essa porta que sempre ouso abrir!!!
Há!!! Ella sabe o quanto tentei expandir essa nota "amar".
Esse número conto aos berros pra incompatibilidade que me devora.
Brilhante como ver os extremos tão naturais da sua astúcia!
Mar e Rio pra entender a veia que pulsa enlaçada na pele fina de suas mãos.
Me deixa agora luz, descobrir a predileção de estar n'ella envolvido.
Agora ella sabe quais palavras desafiam o desatino e fincam uma paixão.

sábado, 3 de abril de 2010

Gana

A lua cheia iluminou o abismo!
E agora furto as madrugadas no seu corpo!!!
Proverei minha existência célere em você.
Vou erguer um tributo ao sonho, mas renderei um culto a conquista da sua carne!
Quero fincar a âncora e derrubar os últimos muros da incompreensão dentro de nós.
Cavar o que escolhi e o porque te vi, pois o que sempre foi meu vai dilacerado!!!
Recebo visitas de antigas sensações, percebi o que se esvaiu dos meus dedos e não foi minha gana.
Posso agora te tocar no crepúsculo onde vivemos juntos.
Em luta me coloco no varão do mar!!!
Sem repetir as cores a primavera se abre em nova hora no front.
Perseguir o medo, dançar com a fome , iludir a serpente.
Seus braços são pra me ter e seus cabelos vem no meu colo, pra enganar seu destino solitário.
Agora posso amamentar a filha pródiga com os olhos no labirinto!!!
Assim rasgo o infinito perto daqui!!!

quinta-feira, 11 de março de 2010

cigano

Extraí o amor e os rastros se apagaram.
Anacrônico, sigo avesso as crenças das paixões.
Conquistar o comum faz um transgressor de ideais.
Arrancar corações fúteis com a adaga do nada.
Silenciar diante da pretensão, e ter!
Lutar pelo seu lugar na estrada.
Longos cabelos longos, os cachos ligados a aorta do peito.
A estrada que me apoia conhece o ser do vento!!!
Nas Minas é que me refaço dos nulos de alma.
Uma cachoeira afoga as sombras no sol cerrado.
Sou amante do nada.
Ausente do tempo.
Senhor de nenhuma escolha.
Eleito na minha própria alma expúria.
Suspensa alma em fruto de colheita simples!!!
Brota em mim toda nobreza dos desvalidos.
Nasci de pé no horizonte.
Escorrega dos meus dedos a precisão cartesiana.
Creio no cigano das roupas que visto.
E nas paragens que passam, tenho a réplica do que ficou para trás.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Vasto

Solitude tão vasta e entorna tudo no meu espírito.
Soletro uma poesia na busca de um cântico sem métrica.
As tentativas que se perderam na periferia passaram longe do meu ponto de escolha!
Correspondo melhor em adolescência ao meu filho.
Os corpos nos seus estados de paixão subtraem o amor.
O rei deixou de viver nas brumas de um sonho ideal.
Vou ungir meu sentimento pra te tocar e o mais comum vai me embalar.
Nenhuma paixão programada pelo destino vai se traçar.
Perene é existir na luz de um amanhã mais lúcido.
Na minha vista o vento dança e talvez sopre para nos aproximar!!!
Rasguei todas as passagens de volta ao colo certo da paz.
Alvorada se anuncia enquanto meus olhos querem ver a razão!
Sinto sua falta mais vc não existe e então tenho saudades!!!
Quando vou estancar na segurança das tuas coxas?
Meus sentidos rezam conforto!!!
Ainda posso ir mais....

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Cry


Viver um amor pra encontrar um meio de ir mais longe!!!!!
Dois contrários de uma paixão: a que me embala na misericórdia e a que me aplaca.
Um lance do destino sobre o meu destino!
Escolho quem está além dos que querem.
Então és tú a que me afaga ausente?
Esgota-se meu último suspiro.
Surpresa viver longe de ti?
O breve mais longincuo se estabeleceu.
Delitos do nosso amor-maior!!!
Vida posso atrair sua essência?
Consome que não desisto!
Será que só me resta progredir?
Escrita fora de pontuação.
Li o abandono e vejo meu impulso pra liberdade.
O mais excuso faz mais sentido baby e posso dizer - Cry off love!!!!!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Lança

Um lápis pra marcar minha rota nos Estados sob o mapa vergastado nas dobras.
Tão fora estive que assombrei minha própria raiz!
Creio estar cobrindo um futuro que dura muito tempo.
Passei num caminho e com as pernas cansadas,sentado na fonte,ví a luz da imensidão!
Uma guia escorre da minha nuca e um rasta diz : - Irmão do tempo o sonho está recoberto de novo e do mais novo, novo!!!!
Nos longos cabelos ví a fera e a utopia.
Reafirmo meu enigma na clarividência do Rio Claro.
Sob o ar que durmo vejo a praia e a Elektra assassina!
O brogger de um amigo sensual no tel celular.
Meus nomes aos aliados, busco com dedicação, é que deixei de explicar ao mundo em vão!
Sou súdito obcecado pelo desejo e se Pagu me beijasse teria recompensado o não me procures mais...
Minha espera secou meu verso, mais sigo contrário!
Só assim rio da minha própria vaidade!
Bate mais na pedra que rola desenfreada lá no nó da guelra!
Raiz dos meus nervos jubilados pela cultura do país!
Posso crer que tudo começou assim mais forte e melhor pelo mato adentro!
Deus seja louvado, vai, reza pro deixei de acreditar que não posso acreditar!!!
Talvez renasça seguro meu presságio sobre a próxima feira-livre!
Prefiro meu dizer assim prolixo e reticente a cerca do que vejo!
Quero te ver assim com a espinha retumbada sobre meu colo e os cabelos apontando lança sob seus ombros!!!!!!
Aí não explico....