quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Tártaro

Pensava em prender o espaço . Insatisfeito esfaziei a busca exausto. Os anos que virão podem se tornar os mesmos que passaram aqui. Eu vou banir meus pontos positivos. Dilaceramento e detrimento . Quantas e quantas vezes ainda penderei. Eu tentando a ir mais longe. Não consigo tirar a fuligem do rosto. Envolvo-me mais uma vez com a esperança. Isso que me atrai, não consegue continuar. Não há saída para o amor , há saída para dor. Abandono o vício de acertar , negando o fim. Atormentado por ser este vivo. Outros cumprem melhor com o trato. Buscarei mais uma vez persuadir o caminho. Tentarei encontros em esquinas tumultuadas. Sou capaz de te ver e muitos outros mais imigrantes. Das tripas estufaram o abdomen faminto. Vou continuar bebendo na taça minha terra seca. Meu país desconquistado segue imundo a revelia de um lucro. Poderia esticar-me e alcançar algum objetivo, bem sucedido. Escrever em mim, o porquê devo mais uma vez não tentar. Justifico todas as diferenças. Outro dia passou por mim vestida de azul. E o preto alivia melhor meus traços indistintos. Agonia acendida no voar de um leão alado. Apologia a crueldade é algo que desce suave, imenso. A selvageria instalou morada em meu espirito ensinuante. Eu vejo quantas e tantos que se abrem vendendo a mim. Caminho pelas ruas paralelas às grandes avenidas. Consigo entender a espécie que posta modos. O ouro dos cabelos vão caindo brancos. Minha alma antiga vinga negligente. Retardo mais uma vez meu ano de luz. Desejo renascer em nãos refugiados. Do que sorrir a meia sombra das velas. Aqui está meu corpo tártaro.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Jamais

Jamais o reparo , as ilusões mortas o vazio. Aqui onde tudo devora. A esperança talvez te alegre. Ligeira passagem bem abrigada. Me cubro com tédio, chuva e o desenho da minha escassez na vidraça. Peso nas esquinas de amor e torpezas. A poeira se queixou dos meus olhos. Eu muito grito quieto. E é surda a escolha. Sobrevivo como aquele que se alegra de fato . Agrado com o verbo estar. Nas calçadas encharcadas cuspo segredos. Eu, um filho de um. Noite abriga minha sombra em paz. Que seja assim até o luminar do dia. Ópio voluptuoso! Consigo arrancar palavras mudas. Redenção aos sentimentos perdidos. Culto a tormenta. Retornem as lojas e aos faróis. Jamais estarei assim aí tão a só.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Pritty

Comunicar meu amor te vendo nas cordas. Um deserto de distancia.Um oceano de sentimento. Poder contar tudo que me afasta de ti. Uma imperadora dos ares reina em meu pensamento. E eu vago decadente. Porque não posso te ter hoje amanhã e sempre? Porque te descobri tão tardiamente? Acho que os céus estão a me ensinar o que é de fato a luz. Quero me agarrar as tuas mãos neste trapézio em que te reclinas. Sou um amador tentando decorar a luxuria dos teus movimentos. E você mostrando quantos mapas atravessou. Sem duvida sou seu fã. Aqui além do mundano. Te amo entre tantos cantos que me coloco a perder. E respiro ao te ver. Nenhum presente pode ser maior para você que seu existir. Para te ter tenho que me despojar de mim. Da minha gana pelo que não existe. E suas palavras verdadeiras fazem sentido, acredito! Uma guia vejo radicada no seu peito e ela me trespassa inteiro. Porque seus cabelos vivificam sua imagem no meu passado? Eu ausente dos caminhos , senhor de nenhum coração. Carrego a certeza de te encontrar . Essa comunicação imprecisa que não completa nossos sentidos. Buscando nas mensagens e nas teclas a tentativa de explicar o que é real. Por quanto tempo durará? Podemos ver a linha do horizonte em algum cruzeiro num país indefinido do mapa múndi. Pretty female, engrandece meu ser selvagem. Me deixa ficar no seu canto, dentro do seu pranto, na aurora dos teus sentimentos e pensamentos. Só agora posso te imaginar de verdade, pois já tanto sabes de mim. Mesmo meu coração perdido pode te tocar e reconhecer o que é amar. Feliz aniversário hoje e sempre Gaivota. Estou no Cais a te esperar, com um tesouro nas mãos. Vendo te voar sonho com minhas asas. Possuo meu carro azul pra te levar de um qualquer lugar. E criar a dimensão do tocar. Só assim talvez podermos descansar juntos em alguma nuvem coberta de alegria. E quem sabe cortaremos o bolo juntos. Viva tua a cor que rebrilha do teu coração. Jamais me perderia ouvindo tua canção.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Single

Para que te descrever? Não existe o possuir. Nem mesmo busco. Você é alguém em algum lugar? Desisto de te procurar. A certeza do seu não, e a indiferença do teu sim. Nem eu, nem você, nem outro, ou outra. Nem mesmo o que já se foi! Nem mesmo uma lembrança. Esta liberdade só, transborda. Perdido bem no rumo. Estrada bêbada. Nem dinheiro, nem você. Sorrindo pra angustia. Recebendo meu troco. Extremo, ermo. Elogio teu ódio. A despedida disse:- Querido! Devaneio esquecido. Linda tua ausência. Me fez capaz. Quero contemplar, e, fim. Puro, simples e de dentro. Herança tão bela é perder. Esqueceu tuas sobras. Como quero esta marca. Bebo o suco à distância. É tão bom olhar pra longe! Ganho uma força incerta. Retorno a fonte dos esquecidos. Não mais te tocar. E o nada satisfazendo tudo!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Artigo

A morte, mesmo que a vida devore! Uma estrada em silêncios agudos. O norte do corpo sedento. O ódio manchando os lençóis de preto! O tributo tatuado ao Pai. O vento nas ventas. Sou livre tomado de tormentos. O bom que não represento! Uma alegria na reviravolta. A perda que soma à vitória. E a grande homenagem ao nada! É hora de errar o destino. Minha sombra recorta seu rosto. E nenhum segredo. Eu vejo a fome nas quinas! A ira daqueles que pedem calma. O dissabor para quem mente à alma. Há objetos não identificados. E a leitura de tudo que toco: É a constância de uma explicação obvia.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Pura

Ilumina a cor da sua pele. Suspiro por cada poro. O conteúdo está expandido. Adiantar o tempo, não posso, não posso! Nas tuas mãos estão meus minutos, minhas horas. E o vento sopra pro leste. Me lanço correndo, o infinito a voar. Te adorar em compreender! Quebrei a fôrma da possessão. Grito; é a febre, e retiro outra lasca. Miro uma estrela incandescente. Um anjo abre as asas do querer. Gostar aprendendo o zelo dos teu olhos! E fulgura a magia do cosmo. Longe, não se pode falar tanto. Atropelo a disciplina feroz! Vale desapegar e coexistir. Beber a água pura do degelo polar. The darkness is gone. Preciso ser só pra ser seu. Preciso ser seu pra ser só. É justo este sentir. Lúcido não entender. Vivo sem o saber. Elegi o mar de petróleo!!! Sorriso dos lábios de vinho. Dona do meu signo. Reflete o cobre solar das manhãs em que sonho! Adormeço em palavras que me beijam. Elegia amante para te descrever.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Rubro

Me peça a mão que lhe dou o tapa. Talvez por ser mais fácil te fazer entender. Pensar que viver é um ato demais honesto para morrer! Tão poderoso o curso intransferível da pena. Pensavas que iria vencer a Deus? Ele escreveu seu Pai no dorso de seu corpo. Ele mais uma vez atravessa fronteira sozinho. As tentativas de te ligar a mim são tão nulas. Nada interessa mais que a visão do outro lado da vida. As palavras que me disseste agora fazem sentindo! Meu filho é minha mais viva perda. O que importa se o amor se perde na lembrança escura, e os seres ainda acreditam que possibilitam suas vidas. Todos nós morremos de modo monótono e sem sentido. É bela a dor da perda, é forte a sombra de um olhar triste. Eu morro cada vez mais e me fortaleço para ti meu Pai. Alvoradas que são como ventos que passam e não vemos nenhuma leitura nelas. Vou me despedindo de ti cada vez mais. Não há fogo que sustente tua busca nesta terra. Agora não me importa mais que todos entendam! A terra é abrigo de impostores e somos cegos. Falha não permitida do: - pois existimos ! A maior lição é morrer no mundo As cordas se arrebentaram meu Pai as livrou! Cortou-se na palma da mão esquerda e o sangue é de mentira. Não sou mais homem nem nada! Só as mensagens lançadas no cosmos valem de fato. O deserto é a casa mais segura para viver meu dia, e as noites nascem para que eu possa olhar o breu, eis aí o verdadeiro encontro, não há histórias sobre o homem pra serem contadas. É tão deficiente sua escolha que corro mais 11 km. O mar , e o vento batem em mim e só isso basta! Em minha face quero que você veja meu desprezo pelo que chama de vida! Mais vale morrer na cadência dos mundos, e vagar por todas as trevas e luz!!! O que chamam de alegria tem a cor da morte. Por isso agora sou rubro. Muitas linhas jamais irão me explicar. Os poetas se tornaram bestas nesta nossa era, que chamam de nova, eu a chamo de peste. Em sonho vivo mais minha alma é livre e visito mortos! Você que beija a flor se tornou cálcio para meus dentes ávidos em dilacerar! Retomo a disciplina selvagem com muito gosto, mundo você perdeu e suas leis me afastaram de ti. Com gosto beberei todas as taças de vinho e sentirei torpores gostos! Tão bom agora saber a verdade da sombra e ela ecoa tão viva iluminando meu cosmos! Decidi não mais falar dos agridoces eles são tomados de ignorância, e seu véu e opaco. Me lanço mais ainda no fosso das contemplações lúcidas. Quisera meu filho entender isso, estaria de novo no brilho do amanhã, amanhã que sinto asco, pois é habitado por homens. O amor que me perdeu era tão pobre que exultei em solidão, e minha cinzas se confundirão com o fim do entardecer. Mais ainda me resta uma coisa a acreditar e isso talvez valha a pena dos vivos! Saber que na morte ecoamos nossos laços em todos labirintos onde se suspendem todas as idéias do existir.