segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Single

Para que te descrever? Não existe o possuir. Nem mesmo busco. Você é alguém em algum lugar? Desisto de te procurar. A certeza do seu não, e a indiferença do teu sim. Nem eu, nem você, nem outro, ou outra. Nem mesmo o que já se foi! Nem mesmo uma lembrança. Esta liberdade só, transborda. Perdido bem no rumo. Estrada bêbada. Nem dinheiro, nem você. Sorrindo pra angustia. Recebendo meu troco. Extremo, ermo. Elogio teu ódio. A despedida disse:- Querido! Devaneio esquecido. Linda tua ausência. Me fez capaz. Quero contemplar, e, fim. Puro, simples e de dentro. Herança tão bela é perder. Esqueceu tuas sobras. Como quero esta marca. Bebo o suco à distância. É tão bom olhar pra longe! Ganho uma força incerta. Retorno a fonte dos esquecidos. Não mais te tocar. E o nada satisfazendo tudo!