segunda-feira, 20 de junho de 2011

Gopir

Então ela dançou diante meus olhos que se encheram de orgulho e desejo.
Ela que mexe , e mexe as partes de seu corpo desviando minha atenção para o seu eu.
Sua dança me alegra e me movo ao olhar o ventre em fibrilação.
Suas mãos correm soltas no ar.
Vejo o verbo do vento.
Sua cabeça para o lado, para outro, para cima , para baixo, e a nuca se arrepia.
Percorre em minha espinha um frizz.
Estou tão perto dela, que não posso tocar, apenas contemplar o suor.
Torpor que faz meus sentidos fremerem em adoração.
Esta mulher domina a lição das ventas, das coxas.
A Naja sibila o perigo constante do deserto.
Me perco numa seara ideal, nas fontes divinas de sua crista-iliaca.
Beijar-te , tarefa composta de um saber indigno para os de mente insana.
Tocar seu ser , obra que me cumpro a seguir.
Assim ela se faz Gopir. Haribol!!!
Salve madama de tendões enervados!
Viva a guerra contra a vadia da gravidade!

domingo, 8 de maio de 2011

Gita

Vencendo as vozes, adentro tua atmosfera mais védica!
Torcer pra não morrer por mãos ímpias.
Carrego o holocausto de um sorriso louco!
Deitar ao teu lado me faz sonhar e me refresco.
Construo uma casa de madeira afetuosa e clara com cheiro de Alpes.
Estive com Ísis tocando seus cabelos e as nuvens voavam, efeito sonar.
Visceralidade do vento é tocar e te levar para o palácio de quartzo!
Se teus olhos falassem escreveria a bíblia da profundidade, um manto pra guardar.
Posso agora cruzar três estados ao seu lado não mais sozinho a pensar sem saber.
Te levarei na minha raiz que talvez desconheça por não querer saber de mim mesmo!
O mar agora distante e a areia da praia não mais debaixo dos meus pés.
Poder ter agora o novo "ser" nas mãos do Deus!
Sou da fé que constrói toda minha carne feita de 37 anos de passos largos!
Posso contar aos "meus" algumas aventuras travadas nas cidades mega-habitadas.
Ela pisa ao meu lado e seu meta-tarso acopla nas duas luas de sua viva existência.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

molde

A mão pousada no peito faz render glórias efêmeras!
Quando poderei com tudo naquilo que não é meu!
Posso solar paciente, sublimando "o tudo" .
Do que é feito o futuro sem saber.
Tentando escalar picos ouço como um bruto!
Vamos na madrugada esconder a identidade.
Por que a flâmula nesta tela ocre?
As coisa atuais me soam abjetas.
Correspondo a dor na angústia sóbria.
Relato que tantas vezes durou nas madrugadas de edifícios!
Torpes vozes cantam a minha volta.
Conto a conquista do Zoroastro!
Nego a existência desta escrita, nego.
Qual? A que escrevo superlativando o infinito.
Pra tocar a vida, o sangue, o amor a chama crepitante do querer...
Nenhum molde cabe nestas guias completas.
O estilo segue, ouço um balir.
Que venha a ventania louca dos ares, nas narinas!
Vermelho dentro do vidro e os dentes brancos imperfeitos!
Assola a ira do peito, engendrando a violeta na boca.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

prélla

Quando ia pelas ruas a querer uma mão macia sob o meu leito,
me deparei com sua túnica de luz e fogo.
Contei sob melodias para ouvidos lascivos,
mais apenas suava antes do gozo.
Sentir tua pele mais próxima é ouvir as trombetas de um útero avassalador!
E espargiu sua maior reverberação, seu encanto que atravessa o mar e leva meu infinito contigo.
Seu corpo que é feito de sol e neve e grita pra europa central do meu país.
Sou de uma corja de assassinos dos corações fúteis que adora verter o suco do peito sem coragem!
A maestria através de suas mãos de veludo desenhadas sob o corpo que dança fogo e da voz a me sussurrar o som do possuir.
Nada quero senão teu afã de fêmea lançado sob meus cabelos quase já sob a cintura.
Meu joelho no chão pra sentir seu coração e a ânsia de tocar minha diferença sem medo!
Tão logo quero estar sob o feitiço de tua vista brilhando dentro do amuleto feito pra adorar os que desejam o amar!