sábado, 29 de agosto de 2009

corrida

Correr de todos que leram grandes clássicos.
Lembrar de amores que não realizaram percursos!!!
Não lembrar de ti no auge da madrugada.
Solicitar a dor num paliativo qualquer.
Porquê se seus lábios me chamam da escuridão idolatrada?
Vou correndo pra dentro das portas.
Nem cansado. Nem acuado. Olhando as escolhas...
Correr pra agredir a face excusa do comum.
Ninguém diz nada só seu olhar é o mistério.
Claro! A americana no lado mais popular da Guanabara.
É seu desejo que eu corra pro amálgama. Na sua carne.
O sol origem daqui favorece gastar meu destino.
Respiro fundo pra te mostrar meus dentes nervosos!
Correr traz o balanço do tempo desesperado.

3 comentários:

Camilla disse...

ardente, poético, autêntico e tocante. teu texto me arrepiou por cá por terras cinzas...

saudades de ti, do sol e das nossas conversas no bexiga!

um beijo terno,
Camis.

Pagu disse...

é a beleza é algo inexplicável aos olhos, como já disse Antoine de Saint-Exupéry. Mal posso entender as faltas, as perdas, os olhos.
Creio que vivi a vida toda com eles, mas ainda não sei distinguir!
ainda em transe: sonho!
como se por falta ou perda meus olhos berrassem utopia.
sonho-te.

Anônimo disse...

Há tempos que não escrevo aqui, né? É que às vezes eu tenho a tola intenção de querer decifrar enigmas. Talvez isto tenha sido o erro de Édipo, ele achou que decifrou o enigma da esfinge, e ela soberbamente desapareceu deixando-o mergulhar no mistério de sua própria vida. Somos esfinge também. A gente só finge que não é esfinge... Somos um pouco assim, queremos tolamente decifrar os outros e acabamos cegos, sem aceitar nossas ambiguidades, sem conhecê-las! Deciframos a vida, que pula que nem pipoca, misteriosa e pulsante, gostosa e picante, branca e amarela, como a lua e o sol. Mas a Arte nos sussurra: não decifre, viva! Sinta e se expresse! Então é isto: bom sentir que vc se expõe, que se rasga e grita todos os sons do teu universo.
bjim Valéria