Prestar atenção enquanto você vai fugindo de mim.
Enquanto segue a doutrina de estar só.
Poderia recorrer aos seus fenômenos.
Basta da tua astúcia.
Sou fogo infinito gozando escárnio.
Nem mais apetecido nem mais corajoso.
Um grito rasgado nas tuas entranhas te demoverá do júbilo.
Fera louca não há razão sobre tua pele.
Matriarca fútil semeando desdém.
Me entretenho em ler as tantas vezes que te quis e vi jorrar a esperança.
Não me faz mais te ser.
Bastaria aqueles que me amam pra poder conter o ímpeto de te possuir.
A força que me leva pra tua forca.
Animal dócil pro doce deleite da louca.
Seu tezão furioso a ponto de me partir em células.
Sua fraqueza me reveste de amor.
Seu demônio me domina e ainda não cheguei no fundo.
Vou lento mitigado pelo seu sopro de fêmea viril.
Minha vida a ti nada vale, nacos de carne cuspidos a esmo.
Visto meu couro e assim me sinto acolhido.
Sabendo te amar na escuridão agrado meu destino.
Me lancei no vento em busca de cais.
Galo cego fora da rinha absorto em espúria filosofia.
Vou fatiar teu infinito para te dar uma dúvida segura.
Aonde você esconde seu abismo?
Essa é minha lembrança de ti, conheço a cor do teu veneno que dilacera!
Um casco que rebate teus cacos e seu ardor na palma da minha mão.
domingo, 14 de novembro de 2010
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