segunda-feira, 20 de junho de 2011

Gopir

Então ela dançou diante meus olhos que se encheram de orgulho e desejo.
Ela que mexe , e mexe as partes de seu corpo desviando minha atenção para o seu eu.
Sua dança me alegra e me movo ao olhar o ventre em fibrilação.
Suas mãos correm soltas no ar.
Vejo o verbo do vento.
Sua cabeça para o lado, para outro, para cima , para baixo, e a nuca se arrepia.
Percorre em minha espinha um frizz.
Estou tão perto dela, que não posso tocar, apenas contemplar o suor.
Torpor que faz meus sentidos fremerem em adoração.
Esta mulher domina a lição das ventas, das coxas.
A Naja sibila o perigo constante do deserto.
Me perco numa seara ideal, nas fontes divinas de sua crista-iliaca.
Beijar-te , tarefa composta de um saber indigno para os de mente insana.
Tocar seu ser , obra que me cumpro a seguir.
Assim ela se faz Gopir. Haribol!!!
Salve madama de tendões enervados!
Viva a guerra contra a vadia da gravidade!