sábado, 17 de abril de 2010

Sou

Do deserto extraí uma senda de torpor.
Me diz se ella vai com outros eu enrijeço meu princípio.
As tantas peles que já fizeram camadas de afeto na sofreguidão!
Encontro e sou o meu maior ator de meu maior amor.
Neste outono em que um lábio na luz evita um suicídio.
Trouxe pra perto dela as minhas ventas!
Elas escorrem e sugam muito mais além de que um perfume!
Vai pro sangue agitar o seu amâgo.
Minha luta em frente essa porta que sempre ouso abrir!!!
Há!!! Ella sabe o quanto tentei expandir essa nota "amar".
Esse número conto aos berros pra incompatibilidade que me devora.
Brilhante como ver os extremos tão naturais da sua astúcia!
Mar e Rio pra entender a veia que pulsa enlaçada na pele fina de suas mãos.
Me deixa agora luz, descobrir a predileção de estar n'ella envolvido.
Agora ella sabe quais palavras desafiam o desatino e fincam uma paixão.

sábado, 3 de abril de 2010

Gana

A lua cheia iluminou o abismo!
E agora furto as madrugadas no seu corpo!!!
Proverei minha existência célere em você.
Vou erguer um tributo ao sonho, mas renderei um culto a conquista da sua carne!
Quero fincar a âncora e derrubar os últimos muros da incompreensão dentro de nós.
Cavar o que escolhi e o porque te vi, pois o que sempre foi meu vai dilacerado!!!
Recebo visitas de antigas sensações, percebi o que se esvaiu dos meus dedos e não foi minha gana.
Posso agora te tocar no crepúsculo onde vivemos juntos.
Em luta me coloco no varão do mar!!!
Sem repetir as cores a primavera se abre em nova hora no front.
Perseguir o medo, dançar com a fome , iludir a serpente.
Seus braços são pra me ter e seus cabelos vem no meu colo, pra enganar seu destino solitário.
Agora posso amamentar a filha pródiga com os olhos no labirinto!!!
Assim rasgo o infinito perto daqui!!!