quinta-feira, 11 de março de 2010

cigano

Extraí o amor e os rastros se apagaram.
Anacrônico, sigo avesso as crenças das paixões.
Conquistar o comum faz um transgressor de ideais.
Arrancar corações fúteis com a adaga do nada.
Silenciar diante da pretensão, e ter!
Lutar pelo seu lugar na estrada.
Longos cabelos longos, os cachos ligados a aorta do peito.
A estrada que me apoia conhece o ser do vento!!!
Nas Minas é que me refaço dos nulos de alma.
Uma cachoeira afoga as sombras no sol cerrado.
Sou amante do nada.
Ausente do tempo.
Senhor de nenhuma escolha.
Eleito na minha própria alma expúria.
Suspensa alma em fruto de colheita simples!!!
Brota em mim toda nobreza dos desvalidos.
Nasci de pé no horizonte.
Escorrega dos meus dedos a precisão cartesiana.
Creio no cigano das roupas que visto.
E nas paragens que passam, tenho a réplica do que ficou para trás.