sexta-feira, 31 de julho de 2009

extrair

Atravessando o olhar nessa nave de cor extremada!
Voltei a falar dos superlativos da ingloriosa fome !
Pensando através da máquina de um paparazzi vejo seu olhar agudo!
Não vou retroagir em nenhum conceito flutuante de realidade!
Dentro deste escuro meu cérebro retransfigura as imagens retorcidas!
Pensava que viver seria derrotar o demônio pestanejante da vontade!
Mais muito melhor é estar ao lado de uma grande atriz corada de emoção!
Alma em fulgor dilacerando meu terror por amar sem sentido!
Esta frase nos tirará da mortalidade.
Sobretudo este escuro me fascina e enobrece!
Não sei saber de querer ser.
O escuro transborda tudo que é demais!
Fui tão longe em extrair o coração.
A terra escreve os extremos no rosto e no corpo.
Maiúscula língua nessa poética do absurdo !
Horizonte se funde negro e atropela.
Seguem a esposa infiel do amante meretriz!
O enigma de estar presente no outro.
Jorra sentido respirando no escuro.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

cruel

A cidade a arte, até iludir a vida!
Isso que se fazia no século passado.
Do amor às paixões, se está só.
Golfa sangue dos corações vilaniados.
O tempo cruel das segundas-feiras.
Pede pra explicar o mar.
As ondas que expelem.
Segue um anjo fujindo da frente.
Trememos de sede.
Há uma boca encarnada!
Corpos que as cheiram envenenadas.
Sabe das estrelas sem segredo.
Não engoliram as pílulas da existência!
Recobrar os sentidos em outro canal.
Os simbióticos declamam seus sentidos.